Há evidências sobre aspectos que influem na aceitação das vacinas pela população. Estes devem ser consideradas estrategicamente pelos membros da equipe da saúde e por quem administra os recursos para as campanhas de vacinação.
Tais aspectos são:
Confiança: na eficácia e na segurança das vacinas e no sistema responsável por sua aplicação.
Indiferença: há pessoas que têm uma baixa percepção do risco das doenças preveníveis com as vacinas, o que as leva a considerá-las desnecessárias. A indiferença pode estar determinada pela subvalorização de seu benefício (eficácia ou segurança) ou pela falta de conhecimentos.
Comodidade: A qualidade (real ou percebida) e o grau dos serviços de vacinação prestados em um momento, lugar e modo considerados atraentes, acessíveis, práticos e cômodos influem na decisão de tomar ou não uma vacina. A prioridade que cada pessoa atribui à vacinação influi em sua indiferença e na percepção da comodidade em acessá-la.
Relutância: pode ser contra algumas vacinas em concreto, ou sobre a vacinação em geral. Alguns as aceitam com dúvidas ou preocupações, outros rejeitam ou demoram umas e aceitam outras; e outros rejeitam todas. Os fatores que levam à relutância são: a falta de confiança (em uma vacina ou um fornecedor específico), a indiferença (por não perceber a necessidade de uma vacina) e a comodidade (facilidade de acesso à vacinação).
Para aumentar a confiança nas vacinas e minimizar a indiferença e a relutância na região das Américas, a OPAS prioriza sumamente a comunicação, a promoção da causa e a mobilização social.
As diretrizes gerais que a OPAS propõe apontam para:
• a conscientização de todas as partes envolvidas sobre a importância da imunização materna e neonatal;
• a promoção da confiança no esquema de vacinação e na segurança e eficácia das vacinas;
• a limitação de rumores e informações incorretas;
• a melhoria da cobertura de vacinação;
• a melhoria da detecção e notificação de possíveis eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou à imunização.
