A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) foi lançada em 1991 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com o objetivo de proteger, promover e apoiar a amamentação em unidades que prestam serviços de maternidade, garantindo que as instalações sigam os “Dez Passos para o Sucesso da Amamentação” da OMS/UNICEF (os Dez Passos) e aderem ao Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno de 1981.
A IHAC foi uma parte fundamental da Estratégia Global da OMS/UNICEF para Alimentação de Lactentes e Crianças Pequenas de 2002, que busca melhorar o estado nutricional, crescimento e desenvolvimento, saúde e sobrevivência de bebês e crianças pequenas por meio de práticas alimentares ideais.
Em 2009, a IHAC foi atualizada para integrar a implementação do Código, acolhimento da mãe, atendimento de gestantes e mães no contexto do HIV, emergências e expansão para outros tipos de unidades de saúde na comunidade. A IHAC tem demonstrado aumentar as taxas de aleitamento materno exclusivo.
Vários estudos indicaram que a sustentabilidade do aleitamento dependia de uma forte implementação de mecanismos de apoio comunitário (ou seja, o passo 10 dos Dez Passos).
A IHAC ofereceu benefícios para a saúde de bebês e crianças em idade escolar, incluindo redução da incidência de doenças gastrointestinais e eczema atópico durante o primeiro ano de vida, melhora do QI e desempenho acadêmico em crianças de 6 anos e meio de idade, melhor iniciação da amamentação, diminuição do uso de alimentação pré-láctea ( é a prática alimentar em que qualquer outra substância que não o leite materno é dada aos recém-nascidos antes do início da amamentação, geralmente nos primeiros 3 dias de vida) e maiores taxas de aleitamento exclusivo. Existe uma relação dose-resposta entre a implementação dos Dez Passos e melhores resultados da amamentação. A IHAC permanece altamente relevante para os atuais desafios e metas globais de saúde, como a meta da OMS de aumentar as taxas de aleitamento exclusivo em crianças menores de seis meses para pelo menos 50% até 2025.
