Em recém-nascidos que não começam a respirar apesar da secagem minuciosa e estimulação adicional, a ventilação com pressão positiva deve ser iniciada dentro de um minuto após o nascimento.
- Em recém-nascidos a termo ou pré-termo (>32 semanas de gestação) que necessitem de ventilação com pressão positiva, a ventilação deve ser iniciada com ar, utilizando-se balão auto-inflável e máscara.
Imediatamente após o nascimento, recomenda-se secar o bebê e verificar se ele está respirando ou chorando. Quando os recém-nascidos não respiram ou não choram espontaneamente após a secagem completa, devem ser estimulados esfregando as costas 2 a 3 vezes antes do clampeamento do cordão. O procedimento de secagem deve ser suave, nas costas, com uma compressa limpa e seca.
Se depois de esfregar as costas 2 a 3 vezes o bebê não respirar ou chorar, recomenda-se o clampeamento do cordão umbilical para iniciar a ventilação com pressão positiva no primeiro minuto pós-natal.
Imediatamente após o nascimento, recomenda-se secar o bebê com uma compressa limpa e seca, verificar se está respirando ou chorando e colocá-lo sobre a pele do abdômen da mãe enquanto aguarda o clampeamento tardio do cordão umbilical.
A sucção nasal ou oral de rotina não deve ser feita em recém-nascidos que começam a respirar sozinhos após o nascimento, a menos que sejam observadas secreções. A aspiração da boca ou do nariz não é recomendada em neonatos nascidos de líquido com mecônio que começam a respirar por conta própria, nem aspiração traqueal.
Todos os recém-nascidos devem receber 1 mg de vitamina K por via intramuscular após o nascimento. A administração precoce de vitamina K previne o sangramento precoce devido à deficiência de vitamina K (doença hemorrágica do recém-nascido) e previne sangramentos subsequentes. A vitamina K deve ser aplicada imediatamente após a primeira hora do nascimento durante a qual o contato pele a pele e o início da amamentação devem ter ocorrido.
O cuidado responsivo abrange tanto a sensibilidade quanto a capacidade de resposta com que uma criança pequena é assistida. Sensibilidade é a consciência, desde o nascimento, dos atos e vocalizações de uma criança pequena como sinais comunicativos para indicar necessidades e desejos. A responsividade é a capacidade dos pais e cuidadores de responder adequadamente a esses sinais. Os cuidadores permitem que os bebês participem da comunicação e das trocas humanas, desempenhando seu próprio papel na interação, além de ajudar o bebê a se envolver.
A amamentação proporciona benefícios a curto e longo prazo para a criança e para a mãe.
Para a criança, a amamentação fornece a nutrição ideal e reduz a incidência de doenças e morte. O aleitamento materno, particularmente o aleitamento materno exclusivo, protege as crianças de diarreia e pneumonia, as duas principais causas de morte entre crianças menores de cinco anos. Outras infecções, incluindo otite média, meningite por Haemophilus influenzae e infecções do trato urinário, são menos comuns e menos graves em bebês amamentados.
Os Dez Passos envolvem mudanças nos serviços de maternidade. Todas as instalações que prestam serviços de maternidade devem ter uma política de aleitamento materno, realizar mudanças estruturais e capacitar todos os profissionais de saúde nas habilidades necessárias para implementar essa política. Destinam-se a proteger, promover e apoiar o aleitamento materno em estabelecimentos que prestam serviços de maternidade.
A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) foi lançada em 1991 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com o objetivo de proteger, promover e apoiar a amamentação em unidades que prestam serviços de maternidade, garantindo que as instalações sigam os “Dez Passos para o Sucesso da Amamentação” da OMS/UNICEF (os Dez Passos) e aderem ao Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno de 1981.
Os cuidados com a criação do bebê referem-se a um ambiente estável criado pelos pais e outros cuidadores que garante, com políticas, serviços e apoio da comunidade, a boa saúde e nutrição das crianças, protege-as de ameaças e dá às crianças oportunidades de aprendizado precoce, por meio de interações que são emocionalmente favoráveis e responsivas.
Todos os bebês devem receber sua primeira dose da vacina contra hepatite B o mais rápido possível após o nascimento, de preferência dentro de 24 horas.
Quando não for viável, a dose ao nascimento ainda pode ser eficaz na prevenção da transmissão perinatal se administrada dentro de 7 dias, particularmente dentro de 3 dias, embora um pouco menor do que se administrada dentro de 24 horas, mas com eficácia decrescente a cada dia que passa. Mesmo após 7 dias, uma dose tardia pode ser eficaz na prevenção da transmissão horizontal e, portanto, continua sendo benéfica.