Qual é a relevância dos defeitos congênitos na carga de mortalidade?

Submitted by usuario.ops on Sun, 21/01/2024 - 20:53

A carga de mortalidade associada aos defeitos congênitos (DCs) é relevante nos âmbitos regional e mundial. Em 2016, a prevalência mundial de DCs chegou a 82.890.000 casos. Um em cada cinco óbitos durante os primeiros 28 dias de vida se deve a DCs. Além da mortalidade neonatal, os defeitos congênitos também contribuem para a mortalidade fetal.
Um em cada três óbitos do total registrado na região por DCs corresponde a malformações congênitas do coração, causa de morte principal deste grupo, cuja tendência se manteve no tempo. Os óbitos que aparecem em segundo lugar em frequência estão relacionados ao sistema musculoesquelético, sistema digestivo, urogenitais e tudo neural.
A redução de outras causas de morte que podem ser prevenidas na etapa neonatal aumenta a proporção de mortes neonatais por DCs.
A tendência e a contribuição deste grupo de causas variam entre países devido à sensibilidade de registro das causas de morte, ao acesso a técnicas de diagnóstico pré-natal em cada população, e à possibilidade de realizar uma interrupção voluntária da gravidez.
A percentagem de mortes por DCs varia entre países segundo sua taxa de mortalidade neonatal (MN):
- Taxa de MN menor a 6 óbitos por 1.000 nascidos vivos: as mortes por DCs representam entre 15 e 40% dos óbitos neonatais.
- Taxa de MN superior a 12 por 1.000 nascidos vivos: os óbitos por defeitos congênitos representam menos de 15% do total de mortes.
- Taxa de MN entre 6 e 12 por 1.000 nascidos vivos: o comportamento é variável, entre 10 e 30% da mortalidade neonatal.
A implementação de ações concretas e eficazes conseguiu eliminar algumas causas específicas, como a síndrome da rubéola congênita. Em 2015, a evidência epidemiológica apresentada pelos países membros da OPAS demonstrou que a região das Américas eliminou a transmissão endêmica da rubéola e da rubéola congênita; foi a primeira região no mundo a erradicá-las junto da varíola e da pólio.
Para manter estas condições, a OPAS e o Comitê Internacional de Especialistas para a Eliminação do Sarampo e da Rubéola recomendam que todos os países das Américas fortaleçam a vigilância ativa e mantenham uma alta imunidade na população através da vacinação.
 

Image
defeitos congênitos mortalidade
Source
https://doi.org/10.37774/9789275121924
Objective public
Salud / Enfermedad
Gestational age
Frecuency
Importancia
Portuguese, Brazil