Ao incrementar os esforços para melhorar os resultados na sobrevivência neonatal, aumenta a demanda de acesso a um transporte seguro e eficaz.
Para melhorar os procedimentos relacionados com o transporte neonatal e aprimorar a capacidade de atendimento em condições críticas, é preciso dispor de diretrizes técnicas embasadas em dados científicos para a referência de organismos, estabelecimentos e profissionais da saúde, encarregados de definir as prioridades do sistema de saúde e as políticas sobre o transporte de recém-nascidos.
A elaboração de diretrizes para o transporte neonatal, em geral, foi feita com a incorporação de práticas e princípios específicos dos diferentes campos que contribuíram para sua gênese: neonatologia, pediatria intensiva e de emergências, cirurgia pediátrica, traumatologia e urgências pediátricas.
As diretrizes devem satisfazer as necessidades dos responsáveis políticos, dos hospitais e dos administradores do sistema de saúde, da equipe de comunicações e dos clínicos que participam diretamente no atendimento do paciente.
No passado, as diretrizes se apoiaram bastante na opinião de especialistas e no consenso, contudo, podem incorporar as provas científicas disponíveis para apoiar as recomendações, especialmente para os países em desenvolvimento que procuram melhorar ou estabelecer sistemas de transporte neonatal.
Os estudos que visem gerar informações científicas acerca do transporte neonatal deveriam incorporar intervenções que tenham demonstrado uma repercussão nos desfechos neonatais:
• estabilização antes da referência no local de origem do transporte.
- Administração de surfactantes.
• Documentação da referência
• Comunicação entre o centro que encaminha o paciente e o que o recebe
- Ao dar início ao transporte
- Ao dirigir o transporte ao centro de referência
- Durante o transporte (assessoramento para lidar com os pacientes)
- Depois da transferência, acompanhamento do paciente encaminhado.
• Necessidades de equipamento mínimo e material específico para cada entidade médica (incubadora, bomba de infusão, sonda de alimentação, aspiração nasogástrica, controle cardiorrespiratório, oxímetro, acompanhamento incruento da tensão arterial, controle da temperatura e controle de retroalimentação, seguimento da glicemia, líquidos intravenosos, antibióticos, anticonvulsivos).
• Seleção de veículos, características de funcionamento, manutenção crítica.
• Composição e treinamento da equipe em reanimação e estabilização, avaliação.
• Função profissional (médico, enfermeiro, fisioterapeuta respiratório, técnico médico de urgências).
• Métodos alternativos para manter a estabilidade térmica (Mãe-canguru).
• Triagem e ferramentas de avaliação.
• Esforços para melhorar a qualidade com foco no transporte.
• Análise de incidentes críticos.
• Exames de casos.
• Acompanhamento.
• Análise de custos e benefícios (AVAD, esperança de vida).
• Fontes de financiamento para o transporte.
• Satisfação das famílias.
