A vigilância dos DCs consiste em: detecção de casos, coleta de dados e envio, codificação, classificação, análise, interpretação e difusão das informações. O desenvolvimento de sistemas de vigilância permite aos países contar com dados próprios para avaliar sua magnitude, seu impacto a partir de diferentes perspectivas, e o efeito das intervenções.
Na América Latina e no Caribe, aproximadamente uma em cada cinco mortes durante os primeiros 28 dias de vida se deve a DCs. Sua carga de morbimortalidade é alta e afeta a saúde, a qualidade de vida e o capital humano e social de nossas populações. O propósito final da vigilância dos DCs é sua prevenção.
Seus objetivos são:
• monitorar a prevalência de DCs em uma população definida;
• detectar agregados geográficos e temporais de casos com DCs;
• encaminhar os afetados aos serviços de saúde apropriados no momento oportuno;
• informar as famílias sobre os possíveis tratamentos dos afetados;
• comunicar os resultados às organizações e atores da área da saúde relevantes;
• conhecer o número de casos estimados, a fim de planejar os recursos necessários para o tratamento;
• capacitar os profissionais da saúde em DCs;
• proporcionar uma base para a pesquisa epidemiológica;
• avaliar intervenções populacionais.
Embora não seja factível identificar causais específicos em uma proporção variável dos DCs, em muitos deles é possível detectá-los e modificá-los com intervenções específicas. Há exemplos de medidas de prevenção:
- Primária: evitar a presença do DC.
- Secundária: detecção precoce e intervenção para reduzir seu dano ou progressão.
- Terciária: tratamento e reabilitação que previna sua progressão ou agravamento em diferentes DCs.
Houve grandes avanços em torno do valor da vigilância de DCs. A imunização, a fortificação de alimentos com ácido fólico, o cuidado pré-concepcional, a prevenção de hábitos associados ao desenvolvimento de DCs, e as intervenções cirúrgicas pré-natais ou pós-natais são exemplos de medidas que têm efeitos na redução do impacto dos DCs. É fundamental que os países mantenham um sistema de vigilância.
