Quando o leite da própria mãe não está disponível, é escasso ou está contraindicado, a alternativa para alimentar os recém-nascidos prematuros (RNPT) é o leite de banco de leite humano (BLH), pois propicia uma dieta constituída exclusivamente por leite humano.
Quanto a seus benefícios, o leite de BLH é um pouco inferior ao da própria mãe, mas superior à fórmula artificial.
Os bancos de leite humano são abastecidos com a doação de mães de bebês nascidos a termo. Por este motivo, o leite de BLH é diferente do leito imediato ao nascimento, especialmente se foi prematuro. Além disso, deve ser processado e armazenado. No entanto, pode salvar vidas e criar consciência na comunidade sobre o valor do aleitamento.
Embora exista certa evidência acerca do crescimento mais lento do RNPT alimentado com leite de BLH, seu emprego o beneficia ao diminuir morbidades como enterocolite necrotizante, displasia bronco-pulmonar, sepse tardia e retinopatia do prematuro.
Em bebês hospitalizados/as, suplementar o aporte de leite da própria mãe com leite de BLH é de custo-efetivo, já que diminui os custos da estadia hospitalar e dos cuidados na saída. Estes resultados são mais robustos quando os RNPTs são alimentados exclusivamente com leite humano ao nascer.
Em meios com alta mortalidade, especialmente como consequência de infecções, o leite de BLH é recomendado para crianças que não têm acesso ao leite de sua própria mãe.
Os bancos de leite humano devem seguir padrões e procedimentos que lhe confiram sustentabilidade, segurança, e uso clínico e ético apropriados. Sua gestão requer planejamento, recursos, e o compromisso de governos e autoridades da área da saúde para proporcionar a melhor nutrição a bebês prematuros, de baixo peso e/ou doentes.
É muito importante que todas as pessoas que amamentam e queiram fazê-lo doem o seu leite aos bancos de leite humano que fornecem às crianças prematuras, pequenas ou doentes este alimento essencial para a sua sobrevivência e desenvolvimento óptimo.
