Para favorecer a amamentação nos bebês prematuros extremos, é importante:
1) Extrair manualmente o colostro dentro das primeiras três horas do nascimento. Isso dá início ao processo de produção láctea e tem vários benefícios:
- Esvaziar a glândula mamária que, junto com a ação dos hormônios do trabalho de parto e do parto, é um estímulo potente para dar início à produção láctea
- Administrar o colostro extraído. O líquido aporta suas propriedades únicas ao ser colocado na parte interna de cada bochecha da criança dentro da primeira hora pós-nascimento. Proporciona defesas contra infecções. Mais adiante, a alimentação em volumes mínimos, denominada “alimentação trófica”, permite que o intestino possa tolerar a progressão para volumes maiores de leite, além de proteger os prematuros de doenças graves, como a enterocolite necrotizante.
2) Estimular o aumento da produção láctea e sua manutenção até que o/a bebê esteja em condições de sugar o seio da mãe. Após a extração inicial de colostro, os profissionais da equipe da saúde colaboram assessorando a mãe para:
- Continuar com a ordenha manual ou com a bomba de extração de leite.
- Dar início ao contato pele a pele.
- Estimular a sucção não nutritiva no seio à medida que o/a bebê cresce e enquanto é alimentado/a com leite por sonda. A sucção evolui progressivamente para “nutritiva” junto com o amadurecimento do/a bebê.
Todas as ações mencionadas facilitam a amamentação na saída hospitalar dos bebês que precisam ser internados quando nascem.