O equipamento utilizado no transporte deve cumprir uma série de características gerais :
• apropriado para o grupo etário e para os problemas de saúde que devem ser abordados;
• leve, portátil, resistente e fácil de limpar;
• deve ir bem preso no veículo de transporte para a segurança do paciente e da equipe.
• ter sido testado em condições de transporte (temperatura, altitude, vibração).
Para fomentar a alimentação ideal dos lactentes e crianças pequenas são necessárias medidas complementares à aplicação do Código Internacional de Comercialização de Sucedâneos do Leite Humano. A Iniciativa de Promoção da Lactação Materna, liderada pela OMS e pela UNICEF, tem por objetivo aumentar o compromisso mundial com esta prática. Além de alcançar a plena aplicação do código por meio de disposições jurídicas contundentes, a iniciativa convida à ação e insta os governos, doadores e associados a tomar as seguintes medidas:
A regionalização apresenta o desafio de definir onde investir os recursos: em terapia intensiva, no transporte ou na prevenção e atenção primária.
O transporte neonatal deve situar-se no contexto da atenção perinatal regionalizada, que abarca o cuidado da grávida e do feto, da puérpera e de seu bebê.
É recomendável realizar uma triagem auditiva universal em recém-nascidos (TAURN) com emissões otoacústicas (EOA) ou exame de potenciais evocados auditivos do tronco cerebral automatizados (PEATC-A) para a detecção precoce da perda auditiva bilateral permanente (PABP). A TAURN deve ser acompanhada por serviços de diagnóstico e tratamento para os/as bebês que tenham perda auditiva.
Não é recomendável aplicar cremes emolientes ou hidratantes, ou qualquer outro produto na pele dos recém-nascidos.
Quando o ser humano nasce, sua pele está coberta por um manto ácido, fundamental para manter as defesas. Embora não exista evidência científica acerca dos efeitos nocivos dos emolientes, também não foram demonstrados benefícios na sua aplicação.
Portanto, não se deve aplicar emolientes ou outros produtos na pele do bebê. Diante de qualquer dúvida, o mais adequado é consultar a equipe de saúde.
Não se recomenda aplicar rotineiramente emolientes tópicos para prevenir afecções da pele nos recém-nascidos a termo saudáveis.
Esta recomendação foi elaborada pelo Grupo de Elaboração das Diretrizes da OMS (GDG). O GDG concordou que não havia evidências suficientes sobre os efeitos benéficos e prejudiciais da aplicação sistemática de emolientes tópicos nos recém-nascidos a termo saudáveis para prevenir afecções da pele, tais como dermatite atópica, ressecamento cutâneo, entre outras.
Antes de organizar um sistema de transporte neonatal, deve ser feito um planejamento e estabelecida a coordenação nos âmbitos nacional e regional para alinhar as metas e objetivos de transporte com os do sistema de saúde em seu conjunto.
O processo de planejamento inclui:
• Alinhamento dos objetivos que procuram melhorar os resultados no sistema de saúde e os casos prioritários (e casos excluídos) para o transporte.
• Estimativa da demanda de atendimento por cada problema de saúde selecionado e por região (necessidades satisfeitas e insatisfeitas).
A internação pré-natal é uma oportunidade para a comunicação com as gestantes de alto risco de prematuridade ou provável necessidade de admissão na Unidade de Cuidados Neonatais.
O assessoramento baseado em evidências científicas sobre os benefícios da alimentação com leite humano é uma intervenção da saúde pública que melhora as taxas de lactação. A repetição das entrevistas informativas pré-natais é mais eficaz que as intervenções isoladas. Tais entrevistas devem ser documentadas no prontuário médico.
As intervenções nutricionais são importantes no desenvolvimento das meninas e meninos pequenos, mas não suficientes por si sós. Devem estar acompanhadas do cuidado receptivo no contexto de oportunidades para a aprendizagem precoce.
Um exemplo paradigmático de nutrição adequada e de cuidado receptivo é a alimentação com leite humano em livre demanda em RNs e lactentes.
As demoras no sistema de transferência neonatal podem repercutir na mortalidade. O modelo das “três demoras” (Thaddeus e Maine, 1994) descreve um quadro conceitual para os fatores e as fases de demora que influem no acesso oportuno ao atendimento especializado em urgências. O modelo permite analisar a demora nos processos em cada instância do transporte neonatal.