cuidados perinatais

Antes de organizar um sistema de transporte neonatal, deve ser feito um planejamento e estabelecida a coordenação nos âmbitos nacional e regional para alinhar as metas e objetivos de transporte com os do sistema de saúde em seu conjunto.
O processo de planejamento inclui:
• Alinhamento dos objetivos que procuram melhorar os resultados no sistema de saúde e os casos prioritários (e casos excluídos) para o transporte.
• Estimativa da demanda de atendimento por cada problema de saúde selecionado e por região (necessidades satisfeitas e insatisfeitas).

As demoras no sistema de transferência neonatal podem repercutir na mortalidade. O modelo das “três demoras” (Thaddeus e Maine, 1994) descreve um quadro conceitual para os fatores e as fases de demora que influem no acesso oportuno ao atendimento especializado em urgências. O modelo permite analisar a demora nos processos em cada instância do transporte neonatal.

A transferência segura dos recém-nascidos doentes para centros de saúde que tenham o nível de complexidade exigido por sua patologia permite reduzir a morbimortalidade neonatal. Reduzi-la é fundamental para atingir as metas mundiais de sobrevivência infantil nos próximos decênios. Os esforços para prevenir as causas principais de mortalidade neonatal devem ser complementados com o desenvolvimento de sistemas para atender aos recém-nascidos doentes. Entre estes, o transporte neonatal seguro.

A atenção deve estar voltada para os 5 momentos-chave preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras situações associadas ao cuidado ao recém-nascido*.
1. Antes do contato com o paciente.
2. Após contato com o paciente.
3. Antes de procedimentos invasivos.
4. Após contato com secreções e fluidos corporais.
5. Sempre que preparar materiais ou equipamentos que estejam ou estiveram em contato com pacientes e após contato com áreas próximas ao paciente.
* Sempre que entrar ou sair da unidade hospitalar ou área de isolamento.

A higienização das mãos com álcool ou álcool a 70% com glicerina 2% pode substituir a lavagem das mãos com água e sabão quando não houver sujeira visível, principalmente em procedimentos de baixo risco de infecção ou em situações de emergência.
Neste procedimento é importante garantir que a solução seja esfregada em todas as superfícies das mãos, dedos e espaços entre os dedos, deixando as mãos secarem espontaneamente.

Antissepsia cirúrgica das mãos
I. Esfregue as mãos com água e solução de detergente antisséptico, incluindo todas as superfícies, espaços entre os dedos e unhas; lave também os antebraços.
II. Enxague com água corrente.
III. Seque com compressa estéril.
Nota: este procedimento deve demorar 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes.

Lavagem simples das mãos (sabão comum) ou lavagem das mãos antisséptica (sabão contendo antisséptico)
I. Esfregue as mãos com água e sabão líquido ou solução de detergente antisséptico por aproximadamente 15 segundos, incluindo todas as superfícies, espaços entre os dedos e unhas. Lave também os antebraços.
II. Enxague com água corrente.
III. Seque com papel toalha.

As mãos constituem a principal forma de transmissão de microrganismos durante o atendimento ao paciente. A pele é um possível reservatório para diversos microrganismos que podem ser transferidos de uma superfície para outra. A pele das mãos abriga duas populações principais de microrganismos: os pertencentes à microbiota residente e os pertencentes à microbiota transitória.

Para reduzir a transmissão de vírus respiratórios durante o alojamento conjunto e após a alta hospitalar, orientar os profissionais de saúde e familiares sobre os seguintes cuidados:
• profissionais de saúde: desinfectar as mãos antes e depois do contacto com os pacientes.
• isolar pacientes internados com suspeita de infecção respiratória, com precauções que incluem:
- lavagem das mãos antes e após o contato com pacientes e seus objetos pessoais;
- uso de luvas e avental para contato com pacientes;